quinta-feira, 31 de outubro de 2013

31 de Outubro de 2013 - 496 ANOS DA REFORMA PROTESTANTE!



 
O MOVIMENTO QUE MUDOU A HISTÓRIA DA IGREJA
Ao lermos o inicio do livro de Atos, verificamos que os discípulos, cumprindo determinação do Senhor JESUS (Atos 1.8), de não se ausentarem de Jerusalém, até que do alto fossem revestidos, tiveram a magna experiência da descida do Espírito Santo, capacitando-os com o Poder do Alto tão necessário ao início e desenvolvimento da Igreja (Atos 2.1-13). A partir daquele momento, estava organizada a Igreja Cristã Primitiva. Verificamos a partir daí um vertiginoso crescimento. Somente em duas oportunidades, temos o registro da conversão de 8.000 pessoas (3.000 em Atos 2.41 e 5.000 em Atos 4.4). Podemos chamar essa Igreja de primitiva, porque dela fizeram parte os apóstolos, e dela se originou todo o Cristianismo hoje existente. A pureza doutrinária da Igreja primitiva Até meados do segundo século foi preservada e o espírito Santo tinha participação no viver dos cristãos. Essa pureza foi mantida graças à operosidade dos líderes remanescentes da Igreja que foram discípulos diretos dos apóstolos. Já no final do século II, como os apóstolos previram, começaram a surgir indivíduos introduzindo novos conceitos doutrinários com aparência de zelo, mas que na verdade não passavam de heresias como, por exemplo, o movimento iniciado por Zeferino, Bispo de Roma, que em 197, questionava a divindade de Cristo. Doutrinadores falsos já havia no tempo dos apóstolos, mas não prosperaram. Outros surgiram em vários lugares, contudo não constituíam um ameaça séria à integridade doutrinária da Igreja. Nesse tempo, a perseguição estava ainda em vigor, de modo que somente quem estava disposto a sofrê-la aceitava a ser cristão, o que, aliás, não eram poucos, face às muitas evidências do poder de Deus entre eles. O povo de Deus se mantinha na sua simplicidade. As igrejas eram autônomas. Mas a doutrina era uma só: a dos apóstolos. Não havia a figura de um líder eclesiástico geral. Muito menos de um papa. Todos tinham apenas Jesus como seu “Sumo Pastor”.
 
 A IGREJA DE ROMA
 
Essa igreja originalmente pura, em termos doutrinários, mereceu elogios do apóstolo Paulo (Romanos 1.8); todavia, como as demais, experimentou problemas doutrinários de várias ordens. Bastar mencionar, entre os grupos heréticos que já permeavam as igrejas daquela época, OS GNÓSTICOS, OS NICOLAÍTAS, OS JUDAIZANTES, ETC. Sem falar nos diversos grupos pagãos, que “convertidos”, exerceram forte influência sobre a igreja.
No início do século III, mas precisamente no ano 323, o Imperador Constantino abraçou o cristianismo. A parti daí cessou a perseguição à Igreja como um todo. O Imperador concedeu numerosos favores aos cristãos. Praticamente o cristianismo tornou-se a religião oficial do Estado. Em conseqüência, por ser a religião apoiada pelo imperador houve a adesão de grande número de pagãos, os quais, sem devida conversão, trouxeram seus costumes para o seio da Igreja. A partir daí, o formalismo religioso tomou o lugar do culto simples e vivo. A Igreja de Roma passou a dominar sobre as demais igrejas com a entrada do imperador Constantino e infelizmente a Igreja Romana que nós conhecemos hoje é muito diferente da Igreja Romana do passado que mereceu elogios até do apóstolo Paulo (Romanos 1.8), e isso podemos verificar claramente nas informações que a história nos fornece, uma mudança de forma gradual e penoso. Vejamos:
Ano 270 – O conhecido “Santo Antônio”, introduziu a vida em mosteiro no Egito. A partir daí, a vida monástica passou a ser praticada como forma de piedade.
Ano 370 – Basílio de cesaréia e Gregório de Nazianzo passaram a professar o Culto dos Santos, introduzindo incensários, paramentos e altares nas Igrejas, por influência dos pagãos “convertidos”.
Ano 400 – Institui-se a oração pelos mortos e o sinal da cruz feito no ar.
Ano 431 – A virgem Maria é proclamada a “Mãe de Deus”.
Ano 593 – Neste ano começou o ensino do Dogma do Purgatório.
Ano 600 – O Papa Gregório I institui o Oficio da Missa, e o latim passa a ser usado como língua oficial nas cerimônias religiosas.
Ano 609 – Aqui começa oficialmente o Papado.
Ano 758 – Neste ano introduziu como dogma da à confissão dos Pecados aos padres, conhecida como Confissão Auricular.
 
Ano 880 – Decreta-se a prática de canonizarem-se os santos atribuindo o Papa a si, esse direito. Pra isso, estabeleceu-se que seria necessário organizar-se um processo, onde se registrariam todas as “provas” de “curas” e “milagres” que estes beatos teriam realizado em vida, e após a sua morte.
 
Ano 1074 – O Papa Gregório VII proíbe o casamento dos padres; no ano seguinte decreta que todos os padres já casados deveriam divorciar de suas esposas compulsoriamente, criando um grande problema social para as ex-esposas e filhos naquela época.
 
Ano 1100 – Neste ano inicia-se a práticas do Culto aos Anjos.
 
Ano 1186 – Surgiu a chamada, “Santa Inquisição”. Para combater os cristãos que não aceitaram a adoção destas novas doutrinas que não existiam na antiga Igreja Primitiva.
 
▪ Foi por causa destas doutrinas heréticas e depravação moral dos Papas que liderava a Igreja foi que surgiu o movimento denominado Reforma Protestante. O comportamento imoral de parte do clero, a venda de objetos considerados sagrados, a venda de cargos religiosos e os grandes senhores feudais que compravam cargos eclesiásticos como forma de aumentar seu poder fez que surgisse varias manifestações contrárias ao monopólio da Igreja sobre a religiosidade e contra o comportamento imoral do clero. Os que se levantaram fazendo parte destas manifestções foram chamados Precursores da Reforma, pois antencederam o movimento liderado por Martinho Lutero.
 
OS PRECURSORES DA REFORMA
 
▪ Foram homens cultos, de vida exemplar, que tinham prazer na leitura e na exposição da Bíblia Sagrada. São chamados precursores porque antecederam aos reformadores e, principalmente, porque não conseguiram descobrir a graça salvadora através do legalismo religioso, as doutrinas heréticas. Por causa do espaço vamos destacar apenas dois principais precursores da Reforma que foram: João Wyclif e João Huss.
 
 
JOÃO WYCLIF (1328-1384). Professor em Oxford, Inglaterra. Foi condenado como herege pelo tribunal da Inquisição por criticar os erros da Igreja Romana. Ele ajudou a diminuir a influencia e poder da Igreja em seu país e deu ao povo Inglês a Bíblia em sua própria língua (naquele tempo o povo não tinha acesso a Bíblia, pois a mesma só era permitida aos sacerdotes romanos), declarou que o papa era o anti-cristo, e afirmou que só a Bíblia revela o plano da salvação. Acusado de heresias ele perguntou ao clero que o acusava “porque viviam eles vidas tão ímpias, como ousava só por amor ao lucro fazer comércio com a graça de Deus”. Apesar da ira do clero romano Wyclif morreu em sua cama. Quarenta anos depois de sua morte, por ordem do Papa seu túmulo foi aberto, o caixão e o esqueleto queimado publicamente, e as cinzas atiradas no Rio Swift na Inglaterra.

 
JOÃO HUSS (1328-1384). Reitor da universidade de Praga (Tcheco) Foi um seguidor da doutrina de Wyclif, cujos escritos haviam penetrado em seu país. Tornou-se pregador destemido; atacava as heresias do clero e as corrupções da igreja, com veemência arrebatadora, condenava a venda de indulgência; rejeitava o purgatório, o culto dos santos e ouso do latim na liturgia, exaltava a Bíblia acima dos dogmas e ordenanças da Igreja de Roma. No concílio de Constança o veredito já estava feito. Huss seria queimado no poste. Os seus inimigos tiraram-Ihes as vestes e lhe ra­sparam a cabeça. Puseram-lhe um capuz em que se achavam pinta­das figuras de demônios e a palavra "Arqui-herege".
   "Mui jubilosamente, disse Huss; usarei a coroa da vergonha por amor de ti, Ó Senhor Jesus, que usaste por mim uma coroa de espinhos".
     Agora, disseram os bispos, votamos tua alma ao diabo.
 
     - E eu, replicou Huss, olhando para o céu, me tuas mãos entrego o meu espírito, Ó Senhor Jesus, pois Tu me remiste.
 Ao ser amarrado a um grande poste, foi-lhe dada por fim, a oportunidade voltar à Igreja Católica Romana e salvar a vida. Nem por um momento considerou ele o ceder à falsa Igreja.
   - A que erros renunciarei? Perguntou com uma voz clara.
Não me reconheço culpado de nenhum. Chamo a Deus por teste­munha de que tudo quanto escrevi e preguei foi com o desígnio de salvar almas do pecado e da perdição; e, portanto com prazer confirmo com o meu próprio sangue a verdade que escrevi e preguei.
Ouvindo esta última decisão, os inimigos ateavam fogo. Por entre o fumo e as chamas, Huss cantou “Tu filho de Davi, tem misericórdia de mim”. Inclinou a cabeça, mas seus lábios continuaram a mover-se como em oração. Por fim tudo silenciou.
Houve muitos outros vultos da história e grupos de crentes que são considerados “pré-reformadores:,
 
Por exemplo: Jeronimo Savonarola, Valdo de Lião, os Albigenses, Os Anabatistas e outros que não citaremos aqui porque nos faltaria espaço.
 
 
A REFORMA
 
▪ Os precursores da reforma que lutaram contra as heresias, atrocidades e depravações do clero da Igreja Romana ajudaram a surgir a Reforma que ocorreu a partir do dia 31 de Outubro de 1517, quando Martinho Lutero afixou na porta da Igreja de Witemberg na Alemanha, as 95 teses que combatia várias doutrinas heréticas ensinadas pela Igreja Católica. 
 
 
MARTINHO LUTERO (1483-1546). Nasceu no dia 10 de Novembro de 1483, em Eisleben – Alemanha e a casa aonde ele nasceu é conservada até hoje. Teólogo e reformador religioso alemão iniciou a Reforma protestante. Personagem fundamental da história moderna européia, sua influência alcançou não somente a religião, mas a política, a economia, a educação, a filosofia, a linguagem, a música e outras áreas culturais. No verão de 1512, doutorou-se em Teologia na Universidade de Wittenberg. Foi atuante pregador, professor e administrador. Ao estudar o Novo Testamento para a preparação de suas aulas, convenceu-se de que os cristãos são salvos não por seus próprios esforços e méritos, mas pelo dom da graça de Deus, aceita pela fé. Em 1517, expôs, na porta da Igreja de Todos os Santos de Wittenberg, suas 95 teses, escritas em latim, contra a venda de indulgências. Lutero defendeu suas opiniões, energicamente, nos debates universitários públicos em Wittenberg e outras cidades. Em 1520, esta posição acabou provocando um inquérito, por parte da Igreja romana, que acabou com a condenação a seus ensinamentos e sua excomunhão pelo papa Leão X. Na Dieta de Worms pediram-lhe que se retratasse ante as autoridades seculares e eclesiásticas, mas ele se negou a retratar-se. Federico, o Sábio, príncipe da Saxônia manteve-o em seu castelo de Wartburg, onde Lutero iniciou a tradução do Novo Testamento do original grego para o alemã, importante contribuição para o desenvolvimento da língua alemã. Em 1529, publicou seu Pequeno catecismo onde explica, em linguagem simples, a teologia da Reforma evangélica. Sua influência estendeu-se ao norte e a leste da Europa e seu prestígio contribuiu para que Wittenberg se tornasse um centro intelectual.
HULDREICH ZWINGLIO (1484-1531). Nasceu em 1484 no povoado de Wildhaus, da família de fazendeiros, Zwinglio, recebeu o grau de bacharel em artes estudando nas Universidades de Viena e Basiléia. Em 1506 tornou-se padre, embora o seu interesse pela religião fosse mais intelectual do que espiritual. Em 1520 passou por uma profunda experiência espiritual, causada pela morte de um irmão querido. Dois anos depois iniciou um trabalho de pregação do evangelho, baseando-se tão somente na Escritura Sagrada. O Papa Adriano VI proibiu-o de pregar. Poucos meses depois, o governo de Zurique, na Suíça, resolveu apoiar Zwínglio e ordenou que ele continuasse pregando. Em 1525 casou-se com uma viúva chamada Ana Reinhard. Nesse mesmo ano Zurique tornou-se, oficialmente, protestante. Outros cantões (estados) suíços também aderiram ao protestantismo. As divergências entre os estados Protestantes e os que permaneceram fiéis a Roma iam-se aprofundando. Em 1531 estourou a guerra entre os estados católicos e os protestantes, liderados por Zurique. Zwínglio, homem de gênio forte, também foi para o campo de batalha, onde morreu no dia 11 de outubro de 1531. Zwínglio morreu, mas o movimento iniciado por ele não morreu. Outros líderes deram continuidade ao seu trabalho. Suas idéias foram reestudadas e aperfeiçoadas.
JOÃO CALVINO (1509-1564). João Calvino nasceu em Noyon, Picardia, França, no dia 10 de julho de 1509. Teólogo francês aos 14 anos foi estudar em Paris preparando-se para entrar na universidade. Estudou gramática, retórica, lógica, aritmética, geometria, astronomia e música. Em 1528, com 19 anos, iniciou seus estudos em Direito e, depois, em Literatura. Em 1533, na reabertura da Universidade de Paris, escreveu um discurso atacando a teologia dos escolásticos e foi perseguido. Possivelmente foi neste período 1533-34 que Calvino foi convertido pelo Senhor, por influência de seu primo Robert Olivétan. Em 1536, a caminho de Estrasburgo, encontrou uma estrada obstruída, o que o fez passar a noite em Genebra. Como sua fama já o precedia, Farel o encontrou e o convenceu a permanecer em Genebra para implantarem a Reforma Protestante naquela cidade. Começou a escrever a obra magna da Reforma – As Institutas da Religião Cristã. Em 1538 foi expulso de Genebra e viajou para Estrasburgo, onde trabalhou como Pastor e professor. Casou-se com uma viúva anabatista chamada Idelette de Bure. No decorrer de seus poucos anos de vida, escreveu tratados, centenas de cartas, e comentários sobre quase todos os livros da Bíblia. Em 27 de Maio de 1564, com 55 anos de idade, foi ao encontro do Senhor. 
 

 
JOHN KNOX (1505/15-1587). O grande nome da Reforma Escocês. Supõe-se que tenha nascido entre os anos 1505 a 1515. Sob a sua influência, o parlamento escocês declarou o país oficialmente protestante, em dezembro de 1567. A igreja organizada por ele e seus auxiliares recebeu o nome de Igreja Presbiteriana. John Knox faleceu no dia 24 de novembro de 1587.
 
 
 
 
 
 
 496 ANOS DA REFORMA PROTESTANTE
 
Houve ainda outros Reformadores, mais destacamos aqui os principais, os que mais se destacaram neste processo de combate há várias doutrinas heréticas ensinadas pela Igreja Católica. O Termo Protestante que passou a ser chamado os Reformadores surgiu porque em 1529 o imperador Carlos V convocou a dieta de Spira e decidiu que os católicos podiam ensinar sua religião nos Estados Luteranos, mais proibiu os Luteranos de ensinar nos Estados Católicos da Alemanha. Contra isto os príncipes alemães ergueram um formal protesto, ficando assim conhecidos por PROTESTANTES. O nome aplicado, originalmente aos Luteranos estendeu-se no uso popular aos que hoje protestam contra a usurpação Papal, o que inclui todas as denominações cristãs evangélicas.
 
Hoje mesmo existindo diversas denominações Protestantes, todas com suas particularidades e costumes, as doutrinas principais que nos foi legado pelos Reformadores e por milhares que morreram por estas verdades, continuam presentes em todas as Igrejas Protestantes.
 
 
 
 
Estamos Comemorando os 496 Anos da Reforma. Neste Dia 31 de Outubro, o Dia da Reforma Protestante, data em que Martinho Lutero em 1517 expôs na porta da Igreja de Todos os Santos de Wittenberg, suas 95 teses.
 
Um dos lemas da Reforma é "Igreja Reformada, sempre Reformando". A Reforma não é estática, mas dinâmica. Precisamos resgatar e manter sempre viva a nossa herança reformada.
 
 

 Estamos nesta terra, porém não somos deste mundo, esse foi o ensino que nosso Senhor JESUS nos transmitiu nos comissionando a sermos discípulo que transmita luz e sabor em meio as gerações corrompidas, portanto é importante vivermos esta fé, como fez Martinho Lutero e os Reformadores e sermos avivados e vivificados, como eles foram e trouxe o avivamento e o resgate da verdade, para uma Igreja Perdida e desviada da verdade de Cristo. Precisamos sacudir de nós o jugo do comodismo para nos tornarmos um exército formidável de obreiros , prontos a fazer a obra de Deus, no poder do Espírito Santo. FELIZ DIA DA REFORMA!


 
 
 
Pastor Leonardo Gomes.
Vice-Presidente do Nosso Ministério.
 
 

 
 

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